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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

CRAVOS VERMELHOS - A Minissérie

Minissérie em 4 capítulos / com formato também para Longa Metragem

“Deus a levou para que seu coração virgem não fosse manchado.”
(Padre Evaristo)

A HISTÓRIA DE OLGA GUEDES TAVARES foi apresentada no ano de 1997 pela TV BAND VALE, tendo tido uma grande repercussão na região, com diversas reprises a pedido dos telespectadores. Uma história real, emocionante e que até hoje causa comoção nas pessoas que tem conhecimento desta trágica história de amor ! Assassinada em 1932, Olga Guedes Tavares passou a ser conhecida como a Santinha de Taubaté, sendo seu túmulo, até hoje, um grande reduto de peregrinações de fiéis que buscam conforto para suas dores de amores.
Com uma produção local e com artistas da Escola de Artes Cênicas Fêgo Camargo ( Taubaté), a minissérie CRAVOS VERMELHOS, apesar de toda uma característica amadorística, foi feita com grande empenho por parte de todos os artistas locais participantes.
19 Anos se passaram! Agora, em 2016, CRAVOS VERMELHOS retorna com uma nova roupagem, atores profissionais e uma roupagem na mais moderna tecnologia, em HD digital.
Uma história que não tem época e que resiste ao tempo !


Por meio da tragédia real de Olga Guedes Tavares o autor e diretor Dimas Oliveira Jr. conta às novas gerações a que ponto o preconceito e a repressão podem chegar: “Escolhi Olga pois ela acumula todos os clichês do gênero e torna-se um símbolo numa sociedade imutável, (…) ao despertar uma paixão obsessiva em uma sociedade repressora e marcada pelo preconceito entre classes”, explica. A história de Olga é como em um folhetim: Religiosa, filha de Maria, e  aluna do curso de magistério, Olga é alvo da paixão obsessiva de um filho de imigrantes, Araífe David, poeta e colega de curso. Ao renegar o amor do jovem, para poder dedicar-se a sua fé e devoção a Virgem Maria, é brutalmente assassinada. A força dessa micro-série em quatro capítulos, batizada de “Cravos Vermelhos”, parece estar nesse enredo simples, sustentado por uma direção experiente e um elenco de grande talento.

RELIGIOSIDADE – FÉ – CRIME PASSIONAL
ASSUNTOS “TEMAS” DE CRAVOS VERMELHOS

Na minissérie e filme CRAVOS VERMELHOS, temas polêmicos desfilam nessa história real, onde se desenrola toda uma religiosidade na personagem central, Olga Guedes Tavares, apresentando a importância da fé, da religião como bálsamo dos corações, para uma vida mais correta e obedecendo conceitos familiares tão importantes na formação, principalmente dos jovens.
Também se mostra o efeito devastador do chamado Crime Passional, objeto da trama:
O crime passional é aquele cometido por amor, porém esse amor não pode ser usado para desculpar o crime, apenas explicá-lo.
Quem ama de forma patológica desenvolve essa fixação pelo outro, e isso tudo não passa de uma incapacidade de amar a si mesmo, uma autoestima extremamente baixa e uma tendência paranoica a sentir-se perseguido pelo outro. Esse tipo de amor causa sensação de ódio, frustração e depressão e em alguns casos a pessoa enxerga uma única saída: eliminar o ser “amado”.
Estatísticas:
- Ciúme mata uma mulher a cada cinco dias em BH
- De janeiro a julho de 2010, 164 adolescentes foram assassinados no Ceará. (-23 adolescentes assassinados por mês).
- Aproximadamente dez mulheres são assassinadas por dia no brasil
Em dez anos, dez mulheres foram assassinadas por dia no Brasil. Entre 1997 e 2007, 41.532 mulheres morreram vítimas de homicídio – índice de 4,2 assassinadas por 100 mil habitantes. Elas morrem em número e proporção bem mais baixos do que os homens (92% das vítimas), mas o nível de assassinato feminino no Brasil fica acima do padrão internacional.(fonte: O Estado de São Paulo /2010)






sábado, 2 de janeiro de 2016

Rádio Nacional - 80 anos

RÁDIO NACIONAL : 80 ANOS EM 2016 - ONDE FOI PARAR A ALEGRIA DO POVO ?

Ninguém melhor do que o jornalista Sérgio Cabral, para contar a história da Rádio Nacional, com tantos detalhes importantes, e aqui reproduzo a matéria feita por ele para a Revista Realidade em 1972. Salve !!! (Dimas Oliveira Junior)

Uma estação de rádio, com um elenco maior do que o de qualquer emissora de televisão no Brasil. Você tem mais de 25 anos ? Então ela faz parte de sua vida


Sérgio Cabral
Extraído da revista Realidade, n. 75
São Paulo, Abril, junho de 1972



Praça Mauá, nº 7, Rio de Janeiro. Sábado, 14h 58. Dentro de dois minutos estará no ar o maior programa de todos os tempos do rádio brasileiro. A Rádio Nacional transmite alguns anúncios, depois de ter apresentado o Consultório Sentimental, de Helena Sangirardi, e a reprise do Balança, Mas Não Cai, cuja audiência de 35 pontos no Ibope é incrível, tendo em vista que o programa foi apresentado ontem à noite.

Emilinha Borba, a Rainha da Rádio Nacional com o Apresentador César de Alencar - 1953

O auditório de pouco mais de seiscentos lugares está superlotado. No mínimo, umas mil pessoas aguardam ansiosas o início do programa. Seu apresentador e principal responsável, César de Alencar, acerta com um dos produtores, Hélio do Soveral, os últimos detalhes para que tudo ocorra bem. A orquestra, com os integrantes todos sentados e o maestro Chiquinho, com seu enorme lenço no bolsinho de cima do paletó, preparado para comandar os primeiros acordes do prefixo do Programa César de Alencar. No ar, o último jingle comercial: é a valsa do Phimatosan, composta por Lourival Marques, que retirou a melodia de uma música européia do século passado (séc. XIX). O operador acende a luz vermelha indicando que, dentro de quinze segundos, estará no ar o Programa César de Alencar. Milhões de aparelhos de rádio, em todas as cidades brasileiras, do Amazonas ao Rio Grande do Sul, estão ligadas, oferecendo uma audiência esmagadora. Aliás, o ponteiro desses aparelhos poucas vezes sai da Rádio Nacional.
Hoje também é dia do jogo Vasco e Flamengo, o clássico dos milhões, reunindo as duas maiores torcidas cariocas no estádio do Maracanã. Todas as estações de rádio do Rio de Janeiro, até algumas de outros Estados, estão no Maracanã, para transmitir a partida. Menos a Rádio Nacional, líder também de audiência na transmissão esportiva: sábado à tarde, pode haver jogo da Seleção Brasileira, que a Nacional não deixa de transmitir o Programa César de Alencar.
Primeiro Auditório da Rádio Nacional do Rio de Janeiro

ESTA CANÇÃO
NASCEU PARA QUEM QUISER CANTAR
ATÉ CANSAR
É SÓ BATER
E DECORAR
PARA RECORDAR
VOU REPETIR O SEU REFRÃO
PREPARE A MÃO
MAIS UMA VEZ
ESTE PROGRAMA PERTENCE A VOCÊS



"Alô, alô, alô. Boa tarde, ouvintes; boa tarde, auditório. Agradeço a sua presença no auditório, sem a qual não faria nem a metade de nosso programa. A primeira parte do Programa César de Alencar é aquela que leva a chancela das meias Dixon - conforto e durabilidade. Fabricada em Juiz de Fora, porem à venda em todo o Brasil. Para abrir a parte musical, aí veio a mais recente contratação da Rádio Nacional: Jorge Veiga!"
O sambista surge com seu terno branco de linho S-120, sapatos de verniz, em meio a uma impressionante gritaria do auditório. E, como de hábito, antes de cantar a sua música, dirige-se aos aviadores:
- Alô, alô, aviadores do Brasil. Aqui fala Jorge Veiga, da Rádio Nacional. Queiram dar os seus prefixos para guia das nossas aeronaves.
Uma fortaleza voadora da Força Aérea Brasileira, com catorze pessoas a bordo, depois de atravessar a selva amazônica, tentava pousar no aeroporto de Campo Grande (Mato Grosso*), que estava inteiramente às escuras. Eram 11h15 da noite, quando seu comandante conseguiu comunicar-se com a Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, à qual transmitiu o drama que estava vivendo. Um dos oficiais da Base, que recebeu a comunicação, telefonou imediatamente para a Rádio Nacional e, minutos depois, um locutor transmitia uma mensagem para Campo Grande, uma cidade distante 2000 quilômetros do Rio de Janeiro: "Atenção, Campo Grande; atenção, Campo Grande, em Mato Grosso. Uma fortaleza voadora da FAB precisa aterrar. O campo de pouso está às escuras. Atenção, Campo Grande, Mato Grosso". Às 23h45, o avião pousava no aeroporto iluminado pelos faróis de dezenas de automóveis que ouviram o apelo da Rádio Nacional.
Cast Artistico da Rádio Nacional, entre eles : Arnaldo Amaral, Yara Salles e Emilinha Borba.

César de Alencar. Calça azul-marinha, blusão branco, sorridente, comandando uma equipe de quase duzentas pessoas, entre cantores, músicos, locutores, contra-regras, operadores, radiatores. O seu programa acaba de comemorar o décimo aniversário numa festa no estádio do Maracanãzinho, com um público de mais de 20.000 espectadores. Cearense, começou a sua carreira sob a orientação de Renato Murce, seu colega de emissora e responsável pelos programas Papel Carbono e Piadas do Manduca. Além de César, Renato foi quem iniciou a carreira de radialistas como Ari Barroso, Ismênia dos Santos, Saint Clair Lopes, Luiz Gonzaga, Araci de Almeida, Barbosa Júnior, Dilermando Reis. Do seu Papel Carbono, programa de calouros, saíram: José Vasconcelos, Os Cariocas, Ângela Maria, Rogéria (**), Carlos Augusto, Venílton Santos, Claudete Soares, Ivon Curi, Dóris Monteiro, Alaíde Costa, Elen de Lima, Baden Powell, Dolores Duran e Chico Anísio.

"Ladrão, ladrãozinho, devolva a minha medalha e fique com o resto de jóias e com o dinheiro. Prometo que nada lhe farei".
O ladrão Waldemar de Oliveira, que havia roubado uma pulseira, um relógio cravejado de brilhantes, uma medalha e algum dinheiro, ouviu no Programa César de Alencar o apelo de sua vítima, a cantora Rogéria, e compareceu ao Distrito Policial para devolver o roubo. Ela fazia questão da medalha de ouro, porque a recebera de presente de uma pessoa que tivera o cuidado de colocar na jóia a seguinte frase: "Um dia, quem sabe?"

A Cantora Rogéria.

A Nacional continua disparada na liderança de audiência. É ouvida por todos, até pelos ladrões, apesar as previsões de um astrólogo, o professor William Ramayana (o atual homem dos júris de televisão, José Fernandes), para a revista Radiolândia, de que a emissora teria um ano terrível, pois, além de sofrer um incêndio, a Rádio Mayrink Veiga lhe passaria à frente. No entanto, mesmo se levando em conta os aparelhos desligados, o Ibope acusa: 42.5 para a Nacional; 10.5 para a Tupi; 8 para a Tamoio e 7 para a Mayrink Veiga.
- E agora, todos de pé: aí vem Caubi Peixoto!

FOTÓGRAFOS CERCAM CAUBI MAS NÃO FOTOGRAFAM

O auditório entra em delírio. Os ouvintes quase não percebem que Caubi está cantando uma versão de Blue Gardenia porque o barulho da platéia é maior do que o da sua voz. Ele agradece jogando beijos, enquanto algumas fãs sobem ao palco e lhe colocam faixas.
Em março de 1949, Babi de Oliveira, produtora do programa A Hora do Comerciário, da Rádio Mauá, dava uma entrevista à Revista do Rádio sobre os novos valores que surgiram em seu programa e chamava atenção particularmente para um cantor: "Temos um rapaz, ótimo cantor de sambas que assegura seu êxito em qualquer dos nossos estúdios". O rapaz era Caubi Peixoto, que só cinco anos depois "asseguraria seu êxito", graças a um espetacular lançamento através da Rádio Nacional, planejado pelo compositor Di Veras, seu primeiro empresário. Algumas apresentações no Programa César de Alencar foram suficientes para que se transformasse num dos maiores ídolos populares. Os cronistas de rádio o escolheram como a Revelação de 1954 e neste ano já era uma das atrações mais caras do rádio brasileiro: CR$ 50.000,00 por apresentação.
As cartas confirmam a sua popularidade. Em junho de 1954, recebera 2245 correspondências, perdendo apenas para Emilinha Borba (2995), mas vencendo Marlene (2223). Em agosto, porém, alcançou o primeiro lugar com 3052 cartas, contra 2544 para Emilinha Borba e 2325 para Marlene.
É o resultado do primeiro trabalho de um empresário nos termos americanos. Di Veras havia lido nas revistas algumas coisas sobre os métodos de lançamento de Frank Sinatra, Dick Haynes e outros cantores dos Estados Unidos e resolveu aplicá-los no Brasil. Pagou a algumas fãs para desmaiarem no auditório e contratou uma equipe de fotógrafos profissionais para acompanhar Caubi Peixoto em todos os lugares onde cantasse. Não precisava fotografar, bastava espoucar o flash. Ficou tão animado com a experiência, que decidiu repeti-la no próprio país onde aprendera o método, os Estados Unidos. E para lá foi com Caubi. De lá enviava fotografias do cantor ao lado de artistas famosos de cinema e a primeira página de jornais com o nome de Caubi na manchete. aliás, já não era mais Caubi e sim Ron Cobby, pois Peixoto era difícil para os americanos pronunciarem. Só que os jornais não eram os verdadeiros, mas aqueles destinados principalmente a turistas que pagam uma pequena importância e lhes dão a primeira página de um jornal com seus nomes na manchete. Além disso, a Revista do Rádio e Radiolândia eram informadas de que Caubi fazia grande sucesso nos Estados Unidos, onde contratos milionários lhe eram oferecidos.
Caubi Peixoto e Fãs na Rádio Nacional

Caubi Peixoto e fãs

Caubi Peixoto

Caubi Peixoto em foto promocional : Anos 50


A CRIANÇA CHOROU
DORME, DORME, MENINA,
TUDO CALMO FICOU
MAMÃE TEM AURISSEDINA


O locutor Afrânio Rodrigues, o "Touca de Aço", lê um comercial e o microfone é novamente entregue a César de Alencar, que anuncia Gregório Barrias, cujos boleros são vendidos aos milhões no Brasil. É mais uma atração internacional apresentada no programa. Aliás, não há cantor estrangeiro que venha ao Brasil e deixe de comparecer ao programa. Só houve um caso: Jacqueline François, que concordou somente em cantar no estúdio. Apesar disso, numa sexta-feira à noite, o auditório foi aberto para ela, que receberia inclusive uma homenagem. A cantora Marlene lhe entregaria orquídeas depois de fazer a seguinte saudação: Jacqueline: ofereço-lhe estas flores em nome da direção da Rádio Nacional e de seus artistas. São flores que traduzem a nossa imensa alegria e a honra de vê-la cantando aqui - você que é a gloriosa expressão da música francesa. Vive La Frange". Não houve nada disso, Jacqueline cantou mesmo no estúdio e o público presente a via apenas pelo vidro (ela de costas para a platéia).
A Rádio Nacional e o patrocinador dos programas de Jacqueline, o incorporador de imóveis Santos Vahlis, cancelaram imediatamente o seu contrato, por causa da atitude da cantora. A questão repercutiu nos jornais e alguns colunistas deram razão a Jacqueline, pois não tinha nada que cantar para o que chamavam de "macacas de auditório". A Revista do Rádio defendeu a Nacional, o mesmo acontecendo com a Radiolândia, que, em editorial, afirmou que o público era seleto e enobrecia qualquer ambiente, "mesmo porque o público que comparece às sextas-feiras na Nacional é variado e distinto".
Marlene e Manoel Barcelos 

Linda Batista, Marlene e Emilinha Borba

Marlene, Angela Maria e Manoel Barcelos

- E agora, a cantora que canta e dança diferente: Marlene!
Segundo um antigo funcionário da Nacional, a sociedade brasileira está dividida em emilinistas e marlenistas. É impressionante a popularidade dessas cantoras. Radiolândia foi ver quem é a mais popular no Congresso e o resultado foi o seguinte: marlenistas, os deputados Manuel Barbuda, Benjamim Farah e Novais Filho, além do senador Juraci Magalhães; emilinista, apenas o senador socialista Domingos Velasco; votaram nas duas os deputados Frota Aguiar, Carlos Lacerda, Dalton Coelho, Nestor Duarte, Afonso Arinos e os senadores Apolônio Sales e Kerginaldo Cavalcanti.


Marlene - Quatro horas da manhã
Sai de casa o Zé Marmita
Pendurado na porta do trem
Zé Marmita vai e vem
Breque do auditório - Marlene é a maior.


Embora cantando com grande sucesso no Programa César de Alencar, o forte de Marlene é Programa Manoel Barcelos, às quintas-feiras. Ficou mais ou menos estabelecido que um seria para Emilinha e outro para Marlene, uma cantora que começou a enfrentar a liderança de sua rival ganhando o título de Rainha do Rádio, em 1949, com 529982 votos, custando CR$ 1, 00 cada um. É verdade que contou com o apoio da Companhia Antarctica Paulista(***), que lançava na época o guaraná Caçula.

A Rainha do Rádio seguinte foi Dalva de Oliveira. Até 1950, era uma cantora razoavelmente conhecida, sem muita penetração popular. Mas o espetacular rompimento com seu marido, Herivelto Martins, fez com que ela não cantasse mais no Trio de Ouro, do qual Herivelto era o líder, mas sozinha. E mais: as suas músicas, com letras alusivas à separação, comovem os fãs e suas apresentações no Programa César de Alencar passam a ser tão barulhentas quanto as de Emilinha e Marlene. Enquanto Herivelto Martins é vaiado no Teatro João Caetano, as músicas de Dalva de Oliveira estouram nas paradas de sucesso, num recorde dificilmente igualado na história de nossa música popular:


"Primeiro lugar, Tudo Acabado;
segundo lugar, Errei, Sim;
terceiro lugar, Que Será"


Todas as três gravadas por Dalva de Oliveira, que acabou sendo eleita Rainha do Rádio com 311107 votos.
A Rainha da Voz : Dalva de Oliveira

Sua Majestade, a Rainha Dalva de Oliveira

Em 1951 não houve Rainha, mas em 1952 venceu Mary Gonçalves, uma cantora paulista contratada pela Nacional e que aparecia muito nos filmes da Atlântida; em 1953 com mais de 1 milhão de votos, a Rainha foi Emilinha Borba (o resultado financeiro do concurso era aplicado na construção do Hospital dos Radialistas, sob a responsabilidade da Associação Brasileira de Rádio). 1954 foi o ano de Ângela Maria: Rainha do Rádio, foi eleita a melhor cantora do ano pela crítica e ganhou o título de Rainha dos Músicos do Brasil; em 1955, a Rainha foi Vera Lúcia e, em 1956, Dóris Monteiro.
Angela Maria, Marlene, Emilinha Borba e Adelaide Chiozzo

Coroação de Emilinha Borba por Mary Gonçalves - 1953




DORES? GUARAÍNA CORTA A DOR
E NÃO ATACA O CORAÇÃO


O Programa César de Alencar prossegue. Apesar do grande sucesso, seu apresentador ainda não está satisfeito, pois seu velho sonho de ser diretor da Rádio Nacional ainda não foi concretizado. Numa mudança de governo, quem sabe? Agora, porém, ele está concentrado no programa. E anuncia uma bela cantora que a Nacional foi buscar em Lisboa: Ester de Abreu.
Ester está com muito prestígio. O prefeito da cidade do Rio de Janeiro, general Dulcídio do Espírito Santo Cardoso, apaixonou-se por ela e ficaram noivos. O pessoal todo da Nacional compareceu à festa do noivado com muitos presentes. O produtor Paulo Roberto (programas: Gente que Brilha, Lira de Xopotó, Honra ao Mérito, Obrigado, Doutor, Nada Além de Dois Minutos) fez um discurso em nome dos colegas da emissora. O noivado durou dois anos, depois dos quais o general casou com outra.
César de Alencar e Linda e Dircinha Batista - Programa César de Alencar

Capa da Revista do Rádio

A simpatia e o carisma de César de Alencar



César de Alencar quer diversificar o programa, introduzindo quadros humorísticos. E chama Brandão Filho, Apolo Correia e Alcino Diniz para um sketch escrito por Ghiaroni. Afinal, por que não aproveitar o setor de radioteatro da Nacional? Agora mesmo, esse setor perdeu um de seus principais astros, o radiator Rodolfo Mayer, mas o diretor do Departamento Artístico, Floriano Faissal, não ficou muito preocupado, tal a quantidade de astros e estrelas que permanecem na Rádio. Rodolfo Mayer foi para a Rádio Tupi em condições consideradas astronômicas: CR$ 200.000,00 de luvas e salário mensal de CR$ 60.000,00 por um período de dois anos. O Boletim da Nacional, distribuído à imprensa, dá a informação da saída de Rodolfo com uma certa dose de auto-suficiência: "Rodolfo Mayer sai da Nacional sem rancores nem inimizades. Dá-se apenas que recebeu uma proposta irrecusável: a direção da Nacional concordou em que ele fosse buscar aquela herança para voltar daqui a dois anos".

Rodolfo era importante, mas como poderia sentir a sua saída uma emissora que tem sob contrato radiatores como Álvaro Aguiar, Celso Guimarães, Domício Costa, Domingos Martins, Floriano Faissal, Hemilson Fróes, Mário Lago, Paulo Gracindo e Roberto Faissal? Aliás, apesar dos grandes programas musicais e de auditório, é nas novelas que a audiência alcança índices impressionantes, como a das 8 horas da noite, que já deu 92 pontos no Ibope.

 Homens de rádio da Europa e dos Estados Unidos que nos visitam saem daqui dizendo que aprenderam conosco. 
(Floriano Faissal)


A SONOPLASTIA SOFISTICADA
FAZ O OUVINTE VER AS NOVELAS


Além da equipe, o Departamento de Radioteatro da Nacional possui um estúdio cheio de objetos os mais variados, destinados a produzir sons durante a transmissão das novelas: portas de rua, de automóvel, de armário e de aço; janelas de todos os tipos; portões de ferro, apitos de navio, de trem, de lancha, de guarda de trânsito e de contramestre de veleiro; tábuas especiais para tirar sons de passos leves, pesados, secos e retumbantes; escadas rangentes, facas, espadas, bengalas, rodas de ferro, rodas de madeira que imitam a cantilena dos carros de boi ou o som de um mastro de navio que se quebra; louças, cristais, fichas de jogo, panos de seda, cascas de coco seco que reproduzem ruídos de patas de cabalo; pios para imitar sapos e grilos; ramos secos de coqueiro para dar idéia de folhagem; folhas de papel celofane dentro de um saco (esfregado com a mão dá a impressão de um incêndio enorme); pregos, serrotes, martelos, campainhas dos mais variados tipos, telefones, além de um conjunto de madeira do qual se tira o som de soldados em marcha.
Há também o guarda-chuva que se abre e fecha dando o som do farfalhar de um grande pássaro; comprimidos efervescentes dentro da água que dão a idéia de milhares de formigas devorando uma pessoa. O som do tiro de revólver sai de uma martelada numa espoleta.
Há de se considerar o talento dos radiatores e radiatrizes: no 22º capítulo da novela Num Cantinho do Mundo, de Eurico Silva, o diretor Floriano Faissal bateu palmas para a interpretação da radiatriz Ísis de Oliveira (****). O operador acompanhou os aplausos e o público ouviu aquelas palmas sem entender a razão.

- A cena era perigosíssima. Ísis teria que exagerar, mas não tanto que caísse no ridículo. E ela foi na medida certa. (Floriano Faissal)
O radioteatro começou na Rádio Nacional três meses após a sua inauguração, com a transmissão de diálogos humorísticos ou não, intercalando números musicais. Isso foi em dezembro de 1936. Mas só a agosto de 1937 é que estreou o Teatro em Casa, com a irradiação de peças completas. A novela em capítulos teve início dia 5 de junho de 1941, às 10 e meia da manhã:
- Senhoras e senhoritas... o famoso Creme Dental Colgate apresenta... o primeiro capítulo da empolgante novela de Leandro Blanco, em adaptação de Gilberto Martins: Em Busca da Felicidade.
Os patrocinadores, para conquistarem ouvintes, prometeram fotografias dos artistas e um álbum com o resumo do enredo para quem enviasse o pedido acompanhado de um rótulo Colgate. No primeiro mês chegaram 48000 pedidos e os patrocinadores tiveram que parar a promoção.
Em Busca da Felicidade durou dois anos e foi substituída por O Romance e Glória Marivel, do mesmo autor. Depois vieram Predestinados, Fatalidade, Maldição, Renúncia, foram aparecendo os autores brasileiros e a Nacional passou a transmitir catorze novelas por dia.


ELA É LINDA
AAAAH
MAS É NOIVA
OOOOH
USA PONDS
AAAAN


César de Alencar está feliz. O maestro Radamés Gnatalli fez especialmente para o seu programa um arranjo sobre músicas de Ari Barroso. O próprio Radamés assume a orquestra como regente e, pela primeira vez, a platéia faz silêncio.
Para o locutor Aurélio de Andrade, um dos fundadores da emissora, a parte musical talvez seja o principal fator de sucesso da Rádio.
- Certas músicas gravadas com um pequeno acompanhamento são transmitidas na Rádio com uma orquestra imensa e arranjos feitos pelos nossos melhores maestros.
Os maestros: Radamés Gnatalli, Romeu Fossati, Severino Filho, Zimbres, Lyrio Panicalli, Moacyr Santos, Eduardo Patané, Alberto Lazzoli, Gustavo de Carvalho, Francisco Duarte (Chiquinho), Romeu Ghipsman, Leo Perachi, Alexandre Gnatalli, Ercole Vareto e Francisco Sergi.

Praça Mauá, o endereço da alegria do Brasil : Rádio Nacional.




A orquestra: 35 violinos, nove violas, seis violoncelos, nove contrabaixos, sete flautas, quatro oboés, um corne inglês, três clarinetes, dois clarones, dezessete saxofones, onze pistões, nove trombones, cinco bateristas, cinco guitarras, quatro pianos, uma harpa, quatro trompas, uma tuba, um bombardino, um acordeão e onze ritmistas. Há também dois conjuntos regionais com um total de onze instrumentistas e solistas individuais: Chiquinho (acordeão), Carolina Cardoso de Menezes (piano), Abel Ferreira (clarinete e saxofone), Luperce Miranda (bandolim), Jacob Bittencourt (bandolim) (*****), Luiz Americano (clarinete), Dilermando Reis (violão), Carlos Matos (violão), Jorge Lenny (órgão) e Amirton Valim (piano).
Paulo Tapajós, diretor musical da Rádio, dispõe de todos esses recursos para os grandes programas musicais, como Um Milhão de Melodias, Festivais GE, Cancioneiro Royal, além dos especiais com os cantores da casa, como Orlando Silva, Ivon Curi, Caubi Peixoto, Silvio Caldas e outros.
É verdade que, de vez em quando, a orquestra cresce sem muita necessidade, como se verificou quando o sr. Café Filho assumiu a presidência da República e nomeou o sr. Marcial Dias Pequeno para superintendente das Empresas Incorporadas da União (às quais pertence a Rádio Nacional) e o jornalista Odylo Costa, filho, para a direção da emissora. Circularam boatos de que a nova direção faria cortes drásticos na Rádio, mas o sr. Marcial Dias Pequeno desmentiu. Ou melhor: confirmou apenas duas demissões, a do famoso tenente Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal do presidente Getúlio Vargas, e do sr. Roberto Alves, também integrante da guarda, ambos envolvidos no atentado ao sr. Carlos Lacerda, que resultou no assassinato do major Rubem Vaz. Eram contratados como clarinetistas da orquestra: Gregório ganhando CR$ 30.000,00 por mês e Roberto Alves, CR$ 15.000,00, embora - segundo o sr. Marcial Dias Pequeno - não soubessem "nem assobiar".


NA SUA CASA TEM BARATA?
NÃO VOU LÁ
NA SUA CASA TEM MOSQUITO?
NÃO VOU LÁ
NA SUA CASA TEM PULGA?
NÃO VOU LÁ
PEÇO LICENÇA PARA MANDAR
DETEFON EM MEU LUGAR


A Rádio Nacional vive seus grandes dias. César de Alencar sonha em dirigi-la para ter o prestígio de um Gilberto Andrade ou Vítor Costa. O primeiro, seu diretor-geral de 1940-1946, além de ter dinamizado a programação, aumentou a potência do transmissor de ondas médias, criou as ondas curtas, instalou novos estúdios e contratou alguns dos principais astros da emissora. O nome de Vítor Costa é mais ligado à parte comercial.

A prova do êxito do seu trabalho é a fortuna que fez com as comissões das contas de publicidade que levou para a Nacional. Deixou-a em 1954 e comprou a Rádio Mundial do Rio de Janeiro, a Nacional de São Paulo e outras do interior do Brasil, fundando a Organização Vítor Costa. Deu o seu Cadillac "rabo de peixe" e mais CR$ 900.000,00 em troca de um Rolls-Royce que pertenceu a Getúlio Vargas, cujo preço é calculado em CR$ 2.000.000,00.

As maiorais : Angela Maria, Emilinha Borba, Dircinha Batista, Marlene e Dalva de Oliveira


A VOTAÇÃO PARA O CRAQUE ADEMIR
SÓ FOI MENOR QUE A DE JÂNIO


Milhares de cartas chegaram diariamente dirigidas a programas e a artistas. Uma seção com seis funcionários cuida especialmente da correspondência e, muitas vezes, tem que recorrer a funcionários de outros setores, como ocorreu quando o programa No Mundo da Bola instituiu um concurso para que o ouvinte dissesse qual o jogador de futebol de sua preferência, enviando o nome do craque num envelope de Melhoral. O vencedor foi Ademir, do Vasco da Gama e da Seleção Brasileira, com 5.304.935 votos. O total de envelopes de Melhoral chegados à Nacional foi de 19.105.856. Em matéria de eleição no Brasil, o jogador Ademir só perdeu, em quantidade de votos, para o sr. Jânio Quadros.

O Instituto de Criminologia do Distrito Federal (+), dirigido pelo famoso criminalista Roberto Lyra, acaba de diagnosticar uma nova doença, à qual deu o nome de "doença do rádio". Justificativa: "Ao ouvirem permanentemente o seu artista preferido, as mocinhas criam em suas mentes o romance com que sonham. E como não conseguem, na maioria das vezes, atrair o objeto de sua paixão, passam à fraude, ao artifício, às mistificações, donde as denúncias caluniosas tão frequentes ultimamente no Rio de Janeiro".

Cesar de Alencar e Dircinha Batista

Cesar de Alencar e Linda Batista

Linda Batista e Manoel Barcelos

Programa César de Alencar recebe Linda Batista 

Talvez o Instituto tenha razão. Afinal, vários cantores e radiatores têm sido denunciados na imprensa como pais de filhos de fãs e alguns chegam até a ser agredidos, como Ivon Curi, que teve o seu carro quebrado por uma admiradora em apaixonada fúria.

A direção da Rádio Nacional, porém, não concordou com o diagnóstico do Instituto de Criminologia e veio a público lembrando os programas culturais, entre os quais o Grande Teatro De Millus, com a transmissão de peças de Shakespeare, Gogol, Eugene O'Neill e Garcia Lorca, radiofonizadas por Dias Gomes. E o Seu Criado, Obrigado, escrito por Lourival Marques e apresentado por César Ladeira e Nilza Magrassi? Mais de 200.000 cartas por ano com perguntas sobre os assuntos para serem respondidas às segundas, quartas e sextas à tarde, logo depois do Repórter Esso, da Crônica da Cidade e da novela. Não pode ser esquecido também o papel da Rádio Nacional durante a guerra, quando havia um programa especialmente dirigido aos nossos soldados que lutavam na Itália. Seus familiares enviavam as mensagens que desejassem, sem qualquer problema. Ou melhor: havia um, a choradeira de todo mundo, inclusive dos produtores, locutores e técnicos, como no dia em que uma menina disse ao pai pelo microfone que fazia quinze anos naquele dia e que gostaria muito que ele estivesse presente à festinha.

Uma emissora com nove diretores, 240 funcionários administrativos, dez maestros, 33 locutores, 124 músicos, 55 radiatores, 39 radiatrizes, 52 cantores, 44 cantoras, dezoito produtores, um fotógrafo, treze informantes, cinco repórteres, 24 redatores e quatro secretários de redação não poderia ser apontada como causadora de doenças sociais. Além disso, quando há programas de baixo nível, eles são imediatamente retirados do ar. O Acredite Se Quiser (escrito pelo futuro membro da Academia Brasileira de Letras, Raimundo Magalhães Júnior), cuja idéia era copiada do Incrível, Fantástico, Extraordinário, de Almirante (++), contava casos de aparição de fantasmas, o que, para a direção da rádio, era "prejudicial aos ouvintes menos esclarecidos ou de mais acentuada instabilidade psíquica, tornando-se, portanto, desaconselhável do ponto de vista da higiene mental".


PASTINHAS VALDA,
PASTINHAS VALDA,
EMILINHA É A MAIOR
PASTINHAS VALDA,
PASTINHAS VALDA,
EMILINHA É A MAIOR


César de Alencar - Está no ar o big show Parada dos Maiorais. Veremos quais as músicas e os intérpretes que estão galgando os degraus da fama.
O programa está chegando ao fim, César vai apresentando as músicas colocadas na parada de sucesso e se prepara para anunciar Emilinha Borba, com a qual encerrará o programa de quatro horas.
Num outro estúdio da Rádio, Jorge Curi e Antônio Cordeiro já sentados à frente do microfone, prontos parai iniciarem mais um No Mundo da Bola, através do qual os ouvintes saberão o resultado do jogo entre Vasco da Gama e Flamengo. No auditório, César, Emilinha e o público encerram a festa num barulho só.


CÉSAR HOJE (1972): PROGRAMAS DE TV,
AOS SÁBADOS À TARDE


Maio de 1964. Não existe mais o programa César de Alencar. O seu apresentador fez tudo para ser diretor da Rádio Nacional e não conseguiu. Gravou até os jingles de Miguel Gustavo para a campanha do sr. João Goulart para vice-presidência da República ("Na hora de votar / Dona de casa vai jangar / É Jango, é Jango / É João Goulart"), compareceu aos seus comícios, mas, ao assumir a presidência (+++), seu candidato não lhe reconheceu os esforços. Veio a Revolução de 1964 e César (junto com os locutores Hamilton Frazão e Celso Teixeira) denunciou vários colegas como inimigos do novo regime e 36 foram demitidos. Mas não foi nomeado diretor e perdeu o programa.

Abril de 1972. Paulo Tapajós, ainda diretor musical da Nacional, entra no banheiro da emissora e vê centenas de embrulhos amontoados uns sobre os outros. Naquele dia, consultara o Boletim do Ibope e verificara que está difícil para a Rádio subir do quarto lugar em que está colocada há muitos anos: longe, muito longe da Globo, primeira colocada, e não faz qualquer ameaça à Tupi, segundo lugar, ou à Mundial, terceiro. Fala-se até em fechamento da Nacional, enquanto os funcionários mais antigos tratam da aposentadoria. Nem mesmo as obras e o serviço de limpeza dão ânimo ao pessoal. Desapareceram as teias de aranha, as rachaduras na parede, mas os ouvintes se esqueceram dos programas da Nacional.

Tapajós, há mais de trinta anos trabalhando na mesma emissora, mete o dedo num dos embrulhos e rasga o papel. Olha e vê que dentro deles há discos de acetato. Sendo diretor musical da Rádio, quer saber que discos são aqueles. E viu: gravações dos programas Gente Que Brilha, Tancredo e Trancado, A Hora do Pato, Festivais GE, Programa César de Alencar e outros, jogados num canto do banheiro, respingados de urina.


Nora Ney

Paulo Gracindo com Pablito Calvo

Trio de Ouro, Dolores Duran, Mary Gonçalves, Emilinha Borba

Dircinha Batista

Inauguração da Rádio Nacional

Heleninha Costa

Orlando Silva

Orlando Silva

Orlando Silva

Orlando Silva gravando

Caubi Peixoto

Com a Rainha do Chorinho : Ademilde Fonseca, em seu apartamento.(RJ)

Com Marlene - 2004 - Rio de Janeiro

com Gilberto Milfont - 2004 - (Rio de Janeiro)

com Angela Maria - 2014 - São Paulo

Programa César de Alencar recebe Almira e Jackson do Pandeiro

Maestros da Rádio Nacional com Nuno Roland e Orlando Silva

Isis de Oliveira, Vitinho, Marlene, Nelson Gonçalves, Emilinha Borba e Carlos Galhardo

Cesar de Alencar, Emilinha Borba e Angela Maria

O Imortal Rei da Voz : Francisco Alves




 Notas:

(* ) Desde 1978, portanto seis anos após a publicação deste texto, o estado correspondente é Mato Grosso do Sul, divisão do antigo Estado do Mato Grosso.

(**) Não confundir com o famoso travesti que atua na TV, cinema e teatro até hoje.

(***) Atual AMBEV.

(****) Não confundir com outra atriz, de uma geração mais recente e que vem a ser a irmã da modelo Luma de Oliveira.

(*****) Vem a ser conhecido como o célebre Jacob do Bandolim.

(+) Município do Rio de Janeiro, então capital do Brasil, é hoje capital do Estado homônimo.

(++) Compositor e radialista, Almirante integrou, no final dos anos 20, o Bando dos Tangarás, no qual integravam também Noel Rosa e João de Barro (o "Braguinha").


(+++) João Goulart se tornou presidente depois da renúncia de Jânio Quadros.